sábado, 9 de novembro de 2013

Ponto de Encontro - Onde tu começa... ou será Recomeça?

Natália anda, vamos chegar atrasadas a piscina. Anda anda.
Natália - Sabem supostamente sou eu a adulta no meio de duas crianças, deveriam ser eu a dizer isso.
Gémeas - Vamos chegar atrasadas.
Natália - Ja estamos a sair. ( Vestindo o casaco e pegando nas chaves ao mesmo tempo)

Ainda não me habituei ao novo ritmo, emprego e levar as gemêas a piscina as segundas e quartas. Elas tem tanta energia que me arrastam sempre com elas... Não sei como a minha irmã aguenta.

Gemêas - Ja chegamos?
Natália - Estamos quase.
Após estacionar e tentar impedir uma meninas de 8 anos stressadas por chegar a piscina mais cedo, lá entramos no balneário. Nunca as vi vestirem-se tão depressa.

Gemêas - Já vamos.
Natália - Esperem por mim.
Gemêas - Anda lá. queremos ver quem já chegou.
Natália - Deixem-me pegar no livro, eu fico 1 hora a vossa espera.
E lá foram elas...
Bem desço as escadas até a piscina, verifico se elas estão num sitio protegidos, a falar com as colegas, e espero a professora chegar.
Silvia - Por aqui de novo :D
Natália  - Sim, parece que passei a ser a motorista oficial das gemêas.
Silvia - É bom saber que já está recuperada a 100%, tem de voltar as aulas um dia destes.
Natália - Pois, quando arranjar tempo.
Silvia - Bem hora de ir dar a aula.
Natália - Boa sorte, elas hoje estão com a energia toda.

Dirigi-me para as bancadas onde os pais costumam assistir as aulas. As pequenas já andavam aos saltos atrás da professora, dirigindo-se para o chuveiro de modo a irem para a piscina..
Sentei-me e coloquei o livro no colo, preparada para me embrenhar naquela historia por mais uma hora.

(Passado um tempo)
Estava em na minha leitura, quando ouvi algo. Alguém falava com outra pessoa, na lateral da bancada, e o que me atraiu a essa conversa, que sinceramente não ouvia palavra só murmúros, mas o som de um desses múmurios, parecia-me familiar, como se eu conheçesse.
Tentei ouvir com mais clareza, Mas sempre que esse alguem falava, a minha pele arrepiava, mas de um modo que me fazia sentir bem, não sabia explicar.
Depois deixei de ouvir, ainda estiquei a cabeça a ver quem seria, mas já não vi ninguem a não ser a Professora Júlia que chegava para a aula dos mais pequenos.
Fiquei pensativa, de onde me parecia tão familiar aquela voz. Alem de que era uma voz que acho atrairia qualquer mulher, quente, máscula, mas suave. Sinceramente acho que só aquela voz me levava aos céus.

Tia Natália, ja acabamos...
Acordei para a realidade, fechei o livro e não voltei a pensar no assunto, pelo menos não até ao café.






Palavras no Vento

- É a ultima vez que te venho visitar, o médico disse que estás a recuperar bem, e que eu vir cá, já não tem razão, alem de que os meu amigos acham-me maluco por te vir ver ao hospital, e na realidade nem sabes quem eu sou, nem eu sei quem tu és... Por isso ADEUS.

Natália, anda brincar connosco... anda anda.
Sinto algo a puxar o meu braço... bem lá se vai o passeio calmo pelo Parque da Cidade.
Anda Natália o pai e mãe estão a fazer o lanche brinca connosco.
Levantei-me e esfreguei os olhos, o sol brilhava e o cheiro a relva era delicioso. A minha frente duas pestinhas, brincavam com uma bola.
Natália - Já vou, já vou.
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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Do outro lado da historia - Decisões

Num qualquer passeio de fim-de-semana.
Hélio - Bom saber que já te esqueçeste da gaja do hospital.
Gonçalo - Não fales assim dela... 
Hélio - Hmmm, não a tens ido ver mais pois não?
Gonçalo - (Silêncio)
Hélio - Mano, não pode ser... pensei que quando começas-te a namorar a Júlia era porque tinhas esquecido a do hospital... tu continuas a ir vê-la, isso não é bem... Que te passa pela cabeça?
Gonçalo - Eu sei que não estou a se justo, mas.... pensei que se começasse com alguem novo que me esqueceria dela, mas não consigo esqueçer.
Hélio - Tu não bates bem mano... Mas continuas a ir ve-la?
Gonçalo - Sim, não parei.
Hélio - Então como queres esqueçe-la, já passaram que dois meses?!?!?! Ela ainda não acordou e pode não acordar, alem de que disseste que era até saberes que ela ia ficar bem , e não morrer, e pelas ultima conversas, tinhas dito que o médico te garantiu que ela estava estável, e que ia recuperar.
Gonçalo - Sim, eu sei, mas...
Hélio - Mas que... estaste a iludir mano, ela nem te conheçe, não sabes sequer se alguma vez se iria interessar em ti. Esqueçe. Tens agora alguem, dedica-te a ela.
Gonçalo - Eu sei, mas não tenho tido a coragem de deixar de ir lá. 
Hélio - Ainda vais dar problemas a familia dela... se te apanham lá... nem sei como conseguiste ir dois meses sem ser apanhado.
Gonçalo - Tens razão... Amanha é a ultima vez que vou lá, tenho de esqueçer.
Hélio - Vá lá mano, a Júlia é linda e adora-te.
Gonçalo - Eu sei meu, nem entendo como ela pode gostar de alguem como eu.
Hélio - Pois, não és nenhum Brad Pitt assim como o JE.
Gonçalo - Sim, pois, em que dimensão o Brad Pitt tem essa barriga de cerveja ( risos)
Hélio - Hei eu mantenho-me em forma.
( Chamamento ao longe)
Maria - Hélio, voçes caracois mexem-se ou ganhamos raízes a vossa espera.
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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Dejavu

Com tempo livre a mais decidi dedicar-me a leitura... no entanto, sei que é a primeira vez que leio este, e sinto uma estranha sensação de dejavu, como se o estivesse a ler pela segunda vez. Especialmente numa certa frase que não sei porque, li e reli vezes sem conta. Faziam-lhe sempre lembrar o amor e a excitação e a promessa de começar de novo."
Não sei porque mas esta frase fazia-me lembrar algo, algo bom, algo que me acalmava. Só não conseguia perceber o que. E a sensação de já ter lido este livro, continuava a cada frase e palavra.
Pensando bem, existiam outros momentos assim desde que tinha acordado, as vezes com canções que sabia ser a primeira vez que as ouvia, ou com programas de televisão que tinham começado quando estava em "coma". 
O mais estranho que me tem acontecido é passear na rua e virar-me de repente quando ouvia alguem falar, como se fosse alguem conhecido, mas nunca vejo ninguem conhecido. 
Suponho que seja o cerebro ainda a voltar a normalidade. Afinal tudo o resto está a curar.
Em pouco tempo deverei voltar a minha vida normal.
Até lá, já estou encarregada de babysitting das minhas adoráveis sobrinhas, e desde que fui liberada para voltar a conduzir, que amanha começo a leva-las a piscina, irmã quis ter a certeza que eu já andava bem com o carro de novo, dai que andei a fazer os recados com ela ao lado a gritar cada vez que eu travava lol. Foram uns dias hilariantes mas também stressantes.
Bem de volta ao livro, a ver se o consigo acabar.




domingo, 27 de outubro de 2013

Do outro lado da historia - Cafézadas

Hélio - Andas doido o que??? Então andas a visitar uma rapariga em coma??? E nem sequer a conheçes...Perdes-te os parafusos de vez.
Gonçalo - Hey, não exageres... Só quero ter a certeza que fica tudo bem.
Hélio- Então informas-te com os médicos, não precisas de visita-la todas as semanas...
Gonçalo - Até ela recuperar não fico sossegado.
Hálio - Tu estás a ouvir-te bem... Tu não a conheçes....Ela não é tua namorada.
Gonçalo - Silêncio
Hélio - Tu não sejas maluco, tu nem sabes se a miuda vai acordar ou não, vais-te apaixonar por uma miuda em coma... está sa pensar bem...
Gonçalo - eu sei, seu sei , é de doidos, mas não consigo deixar de pensar nela.
Hélio - Gonçalo tu acorda, eu sei que sais-te de uma má relação, mas não vais te apaixonar por alguem em coma, nem podes falar e conversar com ela...
Gonçalo - Eu leio para ela.
Hélio - Gonçalo ELA ESTÁ EM COMA.... ACORDA
Gonçalo - Eu sei, eu sei... mas...
Hélio - Que mas... Não tens futuro, esqueçe... Queres namorar um vegetal???
Gonçalo - Hélio não exageres... Ela pode acordar..
Hélio - Quando??? Vais envelheçer a esperar, desperdiçar a vida?!?!?! Acorda tu Gonçalo..
Gonçalo - Eu sei... Não posso ve-la para sempre, mas até eu saber que ela está mesmo bem, depois deixo-a.
Hélio - Meu... tu não bates bem, sinceramente, mas é a tua vida...
( Goles de cerveja)



sábado, 26 de outubro de 2013

Pesadelos

Sala da maternidade.
Enfermeira - Voçe consegue força. força, já se ve a cabeça.
Natália - Estoua  fazer, que raio quer que faça mais.
Enfermeira - Está a vir, continue.
( Pausa... Choro de Bebé)
Enfermeira - Parabéns tem uma menina.
Natália chorando - Consegui... posso ve-la?
Enfermeira virando costas e indo ao encontro do Vasco.
Natália - Enfermeira posso ve-la?
Enfermeira entrega ao Vasco.
Natália - Não. Vasco, deixa-me ve-la...
Vasco - Ri-se vira as costas e vai ter com outra pessoa.
Natália - NÂOOOO, é minha filha... não é dela é minha filha...VASCOOOOOOOOO , ENFERMEIRA... ALGUEMMMMM É A MINHA FILHA....
Vasco e companhia levam a criança.
Natália - NÃO ELA É MINHA, NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO








( Acordo de tropeção, na cama)
Amarrandome a minha barriga pensando, um pesadelo....
Parecia tão real,
Lembro-me como se fosse ontem.
Vinha de cadeira de rodas com a minha irmã, naquele dia em que ganhei coragem para ir a minha antiga casa buscar o que me faltava.
A minha irmã tinha-me contado o quanto tentaram telefonar ao Vasco a contar do meu acidente, mas que ele não atendeu. Que quando foi a minha casa, estava vazia, todo que era dele tinha desaparecido. Soube mais tarde que tinha casado passado um mês do meu acidente com outra.
O dia em que acordei, o dia mais longo da minha vida e em que soube que tinha perdido o bebé.
Ninguem me queria contar, mas a minha insistencia em saber como estava após me terem dito que estive numa espécie de coma durante 3 meses, fez com que os doutores decidissem contar, especialmente porque fiquei de tal modo alterada por não me contarem, que ficaram com medo que tivesse outro ataque e que pudesse voltar ao estado em que estava.
Contaram que devido ao estado do meu corpo, não consegui aguentar a gravidez e abortei.
Acho que chorei durante horas, e depois começei a culpar tudo e todos.
Foram dias dificeis, para mim foi como se acorda-se normalmente, corpo dorido, dificuldade em mexer as penas e braços, mas estava lucida, só não entendi porque o meu corpo não reagia quando eu mandava. Explicaram que estive a ser alimentada por soro e que devido a gravidade da situação os meus musculos tinham sofrido devido a falta de nutrientes, e que o meu corpo tinha decidido limitar ao maximo o esforço corporal de modo a sobreviver, e que levaria algum tempo a recuperar com ajuda de fisioterapia, mas que voltaria ao normal. Só que estaria impossibilitada de fazer qualquer tipo de exercicio nos próximos tempos. No inicio pensei que fosse ficar presa a uma cama durante muito tempo, mas não após um mês de acordar, começei a conseguir movimentar sozinha de modo que fui começando a reabilitação de força, com ajuda do fisioterapeuta. E após 2 meses de acordar, já tinha autorização para ir para casa, com a promessa de continuar no terapeuta, e na fisioterapia. e não faltar ao exames de modo a verificarem sempre a evolução do corpo de modo a não haver recaidas.

Levanto-me da cama e vou ao quarto de banho. Olho ao espelho, cara vermelha, suor a escorrer pela face, lavo a cara e volto a olhar ao espelho, aquelas marcas continuam ali. Já levava uma vida quase normal, já conseguia andar, ainda estava proibida de fazer qualquer esforço, por isso regressar ao trabalho teve de ficar suspenso. Por sorte o meu patrão é uma pessoa que cuida dos empregados, de modo que ajudou a minha familia a tratar da papelada para a segurança social de modo a eu não ficar desamparada enquanto não pudesse regressar, por isso recebo um subsidio de desemprego por invalidez, até recuperar, e quando estiver bem, puderei voltar. Infelizmente isso também faz como que tenha de estar constantemente a provar que ainda não sou capaz de trabalhar, o que é muito chato. Por mim voltava já amanhã a trabalhar no entanto até os exames estarem a 100% não posso voltar a fazer esforços.

( Entrar no banho)
Ruido da água.
Ainda bem que tenho a familia que tenho.

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Do outro lado da historia - Visitas rotineiras

Gonçalo - Olá, mais um dia e estou aqui para te ver. O doutor Rui disse que estás a melhorar. Um passo de cada vez, apesar de ainda não teres acordado, os exames tem sido bastante melhores.
Doutor Rui - Senhor Gonçalo, não se esqueça que nãotem muito tempo, estuo do lado de fora da porta.
Gonçalo - Obrigado
Porta Fecha
Gonçalo - Não sei porque de tudo isto aconteçer, mas desde aquele momento que não me sais da cabeça. E cada vez mais me sinto esperançado em puder falar contigo, apesar de achar que te vai pareçer muito estranho acordares com um desconhecido a falar contigo, em um quarto de hospital.
Não posso, vir todos os dias porque além do trabalho, também faço um extra do qual gosto muito. Mas espero um dia conseguir falar-te sobre isso.
Tornou-se uma rotina vir ver-te todas as quartas feiras. O doutor Rui disse que era o melhor dia, visto que a tua familia custuma vri mais tarde nesse dia, e de modo a não prejudicar o hospital não posso ser visto no quarto de uma doente da qual não sou familiar.
Bem o meu dia foi normal, tie uma reunião hoje, começou logo cedinho sobre aquele projecto que te tinha falado antes, foi completamente diferente do que já tinha feito, um shopping com tamanha repercussão etnica não é facil de organizar e fazer, existem muitos lados a verificar.
Acho que correu bem, pelo menos sairam da sala de reuniões bastante impressionados. Também tenho um colega bastante fiável.
Ah - trouxe um livro que achei que ias gostei, lembrei-me que tinhas um livro no carro. Nem sei como me lembro destas coisas, no meio daquela confusão como consegui reparar em algo. Espero que gostes do que te vou ler.
( Começa a ler.)
( 30 m depois)
Porta Abre
Doutor Rui - Senhor Gonçalo está na hora.
Gonçalo parando de ler - Já está, mal li o livro que trouxe. Acha que posso deixar aqui.
Doutor Rui - Sabe que não pode deixar nada aqui, nem trazer presentes, como explicaria a familia.
Gonçalo - Não pode dizer que fui um amigo.
Doutor Rui - O estado dela apesar de melhor ainda é muito reservado, ninguem execeto familia pode ve-la.
Gonçalo  dirigindo-se para a porta - Entendo.
( Sinal muito forte)
Doutor Rui - Saia da frente depressa e espere ai fora, náo entre. ( chamando alto) ENFERMEIRA SALA 125 - OUTRO ATAQUE
( Pessoas a correr para a porta)
Gonçalo no corredor atordoado - ( Outro ataque - pensa)
Espreitando pela porta aberta....
Doutor Rui  - Rápido temos de estabiliza-la senão pode traumatizar mais o corpo.
( Passsado uma eternidade.....)
( Pessoas a sair do quarto de hospital)
Gonçalo - dirigindo-se ao Doutor Rui - Que se passou? Pensei que ela estáva estável.
Doutor Rui - Lamento que tenha visto isto. Quando voçe faz as visitas ela não custuma ter os ataques. Não sabemos que se passa, sabemos que existe uma forte reação cerebral a algo, tipo sonho, e que o corpo reage tendo um ataque. É uma das razões pela qual está a ser tão dificil o corpo recuperar, isso e fora o aborto.
Gonçalo - (incredulo) - Aborto? Ela estava grávida?
Doutor Rui - Voçe não devia ter ouvido isso, é informação que só foi dada a familia. E mesmo eles ficaram chocados com a noticia, ninguem sabia ao que pareçe. Não era de muito tempo, mas no acidente o corpo dela sofreu tantos danos internos que não aguentou o trauma e foi efectuado um aborto devido ao embrião ter infecionado, por um aborto espontaneo que não correu bem, no meio de tantos problemas já exstentes. Devido a stress que o corpo estava a sofrer, mais os danos, o aborto so veio a causar ainda mais preocupações, ouve dias que devido ao ataques pensamos que o corpo e o coração fosse ceder.
Gonçalo - Nunca pensei ser tão grave.
Doutor Rui - Tentei minimizar o seu tempo com ela, não só devido a familia mas tambem devido aos ataques.
Gonçalo - Será melhor não voltara  ve-la então, se posso despoletar um ataque.
Douto Rui - Pelo contrario, é a primeira vez que vemos um ataque nos seus dias de vista. Reparamos que quando visita ela pareçe ficar mais calma, e por consequencia, sem ataques. Existe algo que a aflige atlvez, e a sua vinda tem minimizado essa aflição. Claro que não fazemos a minima ideia do que se passa no cerebro dela, mas ela pareçe reagir bem a sua presença.
Gonçalo - A sério? Posso então despedir-me
Doutor Rui - ( Pensando) Seja rápido do genero entrar e sair.
Gonçalo entrando no quarto - Desculpa, não sabia. Volto na próxima semana sem falta.
Doutor Rui - Senhor Gonçalo, Tudo que lhe falei, não é para ser discutido com ninguem.
Gonçalo dirigindo-se a porta - Entendo Doutor Rui.



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sonhos

( Susurros Virei visitar-te até ficares boa, prometo ver-te sempre que puder... Sussuroos)

9.00 - Despertador toca.

Um daqueles sonhos de novo. Ultimamente tenho sonhado sempre com a mesma voz, não consigo ver quem é, mas é sempre algo diferente.
Levanto-me e vou para o duche.
A minha irmã deve estar a chegar, para me levar ao médico e depois testes. Desde que acordei que ando entre médicos e exames, não que ache que existe algo de mal comigo, alem de ... Olho ao espelho ... O doutor disse que agora deveria demorar pouco tempo a sarar, mas ainda fico chocada a olhar o meu rosto, as marcas.....
Lembro-me de tudo até ao momento que .... dizem que bati contra um camião., mas só me lembro daquela luz forte, apartir dai... raios as dores de cabeça. Sempre que começo a pensar no acidente, fico com dores de cabeça.
Campainha da porta.
- Já vou... ( Gritando)
Melhor despachar-me.
Pausa...
Abrindo a porta.
Catarina  - Anda lá dorminhoca, não achas que já dormis-te o bastante nos utlimos meses... opa toca a andar.
Eu - Estou quase, estou quase.
Catarina - Nota-se.
Amarro-me a cabeça.
Catarina - Dores de cabeça de novo?
Eu - Sim, estava a lembrar-me do acidente e tudo o resto.
Catarina - Menina agora é só pensar em recuperar, estás viva e isso já é muito bom, agora é retomar a vida.
Eu - És sempre a mesma optimista.
Catarina - Com duas pequenas energéticas se não fosse estava em depressão lol.
Eu - Pois.
Catarina- Vamos Vamos.
Eu - Já vou, já vou.
Porta a Bater.

Do outro Lado da História - Descobertas

Entrei no seu quarto e fiquei petrificado a porta.
Ligaduras na cara escondendo seu rosto, tubos por tudo quanto é sitio, para respirar, para o soro, para viver... Fiquei chocado, no meu intimo sempre pensei que ela estivesse melhor, que o meu esforço tinha ajudado a minimizar os danos.
O doutor atrás de mim, começou a falar.
Doutor - Os danos não foram tão graves quanto pareçe, mas devido ao traumatismo interno o corpo está a demorar mais tempo a recuperar do que o previsto num acidente deste. Como entendo não o podemos deixar ficar aqui muito tempo, o Doutor Rui, entende a sua situação, e diz que pode vir visita-la, desde que demore o menos tempo possivel e irei acompanha-lo sempre nas visitas.
Gonçalo - Ela está acordada?
Doutor - O estado dela de momento é estável, mas ainda não abriu os olhos. Desconfiamos que devido ao traumatismo que o corpo dela sofreu, que esteja simplesmente a dormir.
Gonçalo - Está em coma?
Doutor - Não. O cerebro continua a funcionar na sua capacidade total, simplesmente o corpo pareçe estar demasiado danificado para reagir, digamos que entrou em reparação profunda. Temos ajudado introduzindo o necessário para o corpo se suster e recuperar, mas mesmo assim tem sido recuperação lenta, isto porque também tivemos de utilizar medicamentos para tratar possiveis infeções que pudessem ocorrer.
Gonçalo - Mas vai acordar?
Doutor - Difcil dizer, depende da recuperação que tiver.
Gonçalo - Entendo. E as ligaduras???
Doutor - Pareçe que fragmentos dos vidros ficaram encrostados na pele da paciente, tivemos de recorer a cirurgia para conseguir retirar todos os pedaços, e devido a sua recuperação lenta, as feridas tendem a abrir muitas vezes, de modo que decidimos que seria uma melhor proteção. São mudadas várias vezes ao dia.
Gonçalo - Posso voltar amanha para ve-la?
Doutor - Como lhe disse, por muito pouco tempo, e seria melhor que não viesse todos os dias.
Gonçalo - Entendo. Posso ter alguns minutos a sós, para dizer algumas coisas.
Doutor - Estou a porta.
Gonçalo - Obrigado.
------------------------ Porta fechar-------------------
Gonçalo - Desculpa, deveria ter feito mais... deveria... Nunca pensei que estivesses aqui. Virei visitar-te até ficares boa, prometo ver-te sempre que puder. Mas não posso ficar muito tempo, por isso até outro dia.
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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Do outro lado da história - Visitas

Nunca pensei estar a fazer isto... mas aqui estou eu... em frente ao Hospital onde o paramédico me disse que ela seria levada. Será que consigo informaçoes sobre ela?

(Entrando no Hall)
Dirigo-me ao balcão.

Gonçalo - Bom Dia!
Senhora ao atendimento - Bom Dia!
Gonçalo - Antes de ontem, deu entrada nas Urgências uma vitima de atropelamento com um camião, gostaria de saber como se encontra.
Senhora do atendimento - O senhor é parente?
Gonçalo - Não.
Senhora do atendimento - Pedimos desculpa mas não lhe posso então forneçer essa informação.
Gonçalo - Não estou a pedir uma visita, só saber se ela está bem... eu estava lá no acidente.
Senhora do atendimento - Eu entendo, mas não pudemos forneçer informações a estranhos.
Doutor a passar no corredor - Boa Tarde Emilia, alguma coisa para mim?
Senhora do atendimento - O normal doutor. Entregando o dinheiro.
Gonçalo - Peço desculpa doutor, eu ontem estive envolvido num acidente com um carro e um camião, e ajudei a retirar a rapariga de dentro do carro, e hoje gostaria de saber se está tudo bem só isso.
Doutor - Ohhh o acidente de camião. O senhor diz que ajudou a retira-la do carro?
Gonçalo - Sim, e gostaria so de saber como ela está, se ficou tudo bem, sabe ... para não pensar mais no assunto.
Doutor - Entendo, mas o caso não é meu, e espero que entenda mas vir aqui e dizer que fez isto ou aquilo, não é segurança para ninguem quem voçe é.
Gonçalo - Entendo.
Doutor - Emilia, o turno da noite ainda é o mesmo a dois dias, sabes se já sairam?
Senhora do atendimento ( Emilia) - Sim senhor, devem estar a sair.
Doutor - Ve se eles podem passar por aqui num instante.
Emilia - Sim senhor doutor, vou ver se alguem atende da sala deles.(Pega no telefone)
( Após uma breve conversa telefónica)
Emilia - O António passa já aqui Doutor.
Doutor - Obrigado Emilia. Importasse de esperar aqui uns instantes, tem ali umas cadeiras para quem espera.
Gonçalo - Obrigado
( Tempo passa)


António ( Paramédico da Ambulância do Turno da Noite) - Então Emilia que querias de nós?
Emilia - Fala ali com o Doutor Rui, é sobre o acidente do camião.
António - Que quer ele saber... não é o médico da paciente... (suspiro) nunca mais chego a casa hoje.
Emilia - Vai la que deve ser rápido, é sobre aquele senhor ali sentado, ele diz que ajudou a resgatar a rapariga e agora quer saber do estado dela.
António - Ahhh ( vira a cabeça)... pera eu conheço-o...
Emilia - Vai ao Doutor Rui, anda lá.
( António dirige-se ao gabinete do outro lado do corredor)
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(Tempo)




terça-feira, 10 de setembro de 2013

Do outro lado da historia - Amigos.

No café do custume - Ponto de Encontro
Música de fundo


Hélio - A sério... tu salvas-te uma rapariga depois de assistires ao acidente?
Gonçalo - Sim... e nem eu próprio acredito... E não consigo esqueça-la.
Hélio - Que??? Era boa??
Gonçalo - Mal vi a cara dela estava coberta de sangue, achas que ia estar a olhar se era boa.
Hélio - Pá, que queres, instinto de macho.
Gonçalo - Eu a pensar se a Maria te ouvisse falar assim.
Hélio - Hey, ao menos dos meus pensamentos sou eu dono, deixa-a fora disto. Mas então se ela não era boa, que raio estás tu a pensar.
Gonçalo - Não sei... mas eu mal vi a cara dela, estava coberta de sangue, mas aqueles olhos.
Hélio - (franze a testa) Tu e a tua maneira de ver as pessoas... que olhos....
Gonçalo - Pa goza o que quiseres, mas não me esqueço deles. Amanhã vou ver se a consigo ver ao hospital.
Hélio- Tás doido... achas que te vão deixar sequer entrar no quarto.... isso é só para familiares, especialmente num caso sério.
Gonçalo - Tenho de tentar, pelo menos saber se ela ficou bem, tirar isto da consciencia.
Hélio - Já a salvas-te de um carro todo amolgado, acho que já fizes-te muito. Não precisas de acompanha-la.
Gonçalo - Amanhã tento na mesma.... depois vemos como corre.
Hélio - Tu é que sabes meu.
(Telefone Hélio)
Hélio - Opa é a Maria, hora de ir para casa.... Até amanhã.
Gonçalo - Pois.... Até amanhã.

domingo, 8 de setembro de 2013

Do outro lado da historia - Surpresa inesperada.

Um dia normal como todos, fazendo horas extras no escritório de modo a um projecto ficar pronto para amanhã, e ser revisto a tempo para a reunião da tarde. Como os clientes vinham de longe, decidiram marcar a reunião de ideias do projectos para as 15 horas, após o almoço.
Espreguicei na cadeira e , Está pronto!!!
Fazer o ultimo save, programar o computador para acordar as 9.00H, desligar e seguir para o parque de estacionamento. Pelo caminho até ao elevador encontrei o segurança de ronda.
Boa noite Eng. Gonçalo.
Boa noite Guilherme.
Desci então por elevador até ao parque subterraneo, aquela hora da noite, estava deserto, piquei o cartão a entrada de modo a iluminar o parque, senão parecia arrepiante demais. Era um parque que cobria toda a zona subterranea do prédio, e eu estava no parque -2, parecia sempre o que tinha menos confusão visto que todos gostam de andar o menos possivel a ida embora para casa.
Caminhei para o carro, clikei na chave e as luzes acenderam e portas abriram. De casaco enrrolado no braço, cansaço era tanto nas costas que nem me atrevi a vestir o casaco, má posição a frente do computador, atireio assim para o banco, entrei no carro e coloquei o meu modo relaxante, musica acima de tudo.

Arranquei do estacionamento, e cumprimentei o segurança da garagem à saida do edificio.
Lá segui eu em direção a casa no cansaço da noite, mas ansioso por ir ter de encontro ao meu duche e cama, nem pensava em comida, apesar do estomago reclamar, talvez ainda de para ir ao macdonalds.
Estava imergido nos meus pensamentos quando entra na estrada um carro a minha frente. Nada demais, não fosse a segurança dele não ser muito, com constantes correções de direção. Afastei-me um bocado não fosse alguem já mais alcoolizado que parasse de repente do meio da autoestrada.
Do outro lado, parecia tudo bem, pouco transito devido a hora da noite, ou jantavam em casa ou já dormiam.
De repente uma guinada mais forte do carro da frente, fez com que o camião que vinha na faixa contrária tambem desviasse a direção, mas em vez de ser para fora da faixa foi para dentro, fazendo com que  ambos carro e camião colidissem quase de modo total frontalmente, so tive tempo de travar e sair da zona de acidente. O carro da frente enfaixou parte da frente no camião ficando a sua lateral parcialmente destruido.
Nem pensei duas vezes, olhei para mim, e olhei para o lado... O senhor do camião não parecia ter danos, e tentava sair do camião para ir ver o que se passou.
Recuperei do choque, coloquei o carro na berma, e sai para ir ajudar.
O ar cheirava a borracha queimada e gasolina, o que me fez apressar o passo enquanto o homem do camião encontrva-se debruçado sobre o carro acidentado a chamar por alguem.
Quando cheguei, reparei que havia alguem dentro do carro, era dificil chegar até a pessoa devido aos escombros. Chamei pelo homem, e perguntei se já tinha avisado alguem, disse que deu o alarme pelo comunicador, deu o sitio onde estavamos e para chamarem a policia, alguns colegas responderam.
Entretanto visto ser mais magro que o camionista, tentei ter uma melhor visão do condutor do carro, enquanto o homem foi garantir que auxilio chegava ao local certo. Dei a volta ao carro e pelo outro lado vi alguem semi debruçado sobre o banco do condutor e do pendura, parecia ser uma mulher, com os escombros da parte do condutor sobre ela. Pensei tiveste sorte, abaixaste-te, mas depois tentei chegar até ela, de modo a ver se estava viva. a porta do pendura estava emperrada e não abria, pelo que começei a gritar tentando chamar a atenção da mulher.
Consegui ver movimentos nas mãos e braços, mas pareciam de alguem atordoado meio a dormir. Pensei que devido a condução poderia estar alcoolizada e não perceber o que se passou ainda. Então tentei abrir a porta, a unica maneira era tira-la dai. O camionista, veio dar uma ajuda e com alguma força a porta cedeu um pouco, a pancada tinha feito com que os ganchos saltassem de lugar, pelo que era a posição dela que a fazia empenada. Uma pancada no sitio certo e conseguimos abri-la. La gritei de modo a garantir que a mulher dentro do carro me ouvia. Via então a mexer a cabeça ensanguentada, e por momentos fizemos contacto visual, mas logo de seguida ela pareçe ter desmaiado.
Concliu que puderia existir algo grave, então tentei ver se ela estaria presa em algum lado. Além da posição esquesita em que se encontrava,e o cinto de segurança que só saiu cortando com uma tesoura que o camionista trazia, conseguimos com todo o cuidado retira-la do veiculo, mesmo a tempo da ambulância chegar. Eu já so via sangue nela, nem sabia se ainda estaria viva.
Mal a puxamos, escorreguei no chão molhado e ela caiu em cima de mim.
Os paramédicos foi que a retiraram com todos os cuidados, colocaram em cima da maca e após uma serie de perguntas, entre a qual perguntei qual o hospital onde ela estaria, seguiram na maior urgencia, pois detectaram hemorregias internas.
Fiquei ali na estrada a ver a ambulância afastar-se, e a unica coisa que me lembrava era dela a olhar para mim.
Após o relatório policial, lá me dirigi a casa para tomar banho e descançar.
Nunca tinha pensado conheçer-te desta maneira.


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Onde estou?!?!?!?!

Continuo a ver luzes, e ouço sons, mas não consigo abrir os olhos nem mover-me... Que se passa?!?!?! Onde Estou?!?!?!?

A ultima coisa que me lembro é de ir no meu carro, estava com lágrimas nos olhos.......

(Silêncio)

Verdade....

 Acabou tudo....

 5 anos de dedicação...

Acabou tudo...

Por outra....

Ouço a voz da minha mãe, minha irmã... Mas não entendo que dizem, como se ouvisse gemidos e sussurros no vento.

( Silêncio)

E aquela voz....
Existe uma voz que não conheço que me acalma...
Ouço-a todos os dias, mas não sei quem é... não reconheço...
Será ele???? Não ele tem uma voz mais suave, esta é mais intensa, mais penetrante...
Sinto-a no meu corpo quando fala, sinto-a em mim.
Quero ver quem me fala..

Quem és tu?
Quem és tu, que me fazes sentir assim?
Quero ver-te, conheçer-te???
Quero sentir essa voz em mim, mas o teu olhar também...

As vezes apanho breves fragmentos...

---------------------- Desculpa....... não... consegui.......mais nada.--------------------

Quem és tu???? Porque me pedes desculpa???? Porque vens aqui todos os dias?????

(Tempo incerto)

Não sinto o tempo, nao sei que se passa... continuo a ouvir vozes, mas desde um tempo para cá, deixei de ouvir a tua voz...
Porque????
Que se passa????
Terei morrido??? Não, senão não ouvia mais nada, e continuo a ouvir a minha mãe, a minha doutora... Só não tem ouço mais a ti....

Que se passa... porque não te ouço????

( 3 meses)

.................................................. Abrindo os olhos ........................................

sábado, 17 de agosto de 2013

FlashBack de anos perdidos.

Uma luz....

Uma Voz....

Lembranças....

Uma musica e tudo começou...

Ia no metro a caminho da universidade, de manha, a única coisa que me faz ficar acordada no balanço das curvas é a música. Naquele dia ouvia a Rfm, com James Blunt, You're Beautifull.
Entusiasmada nem reparei que tinha começado a cantar sozinha baixinho de olhos fechados, até os ter aberto e ter o rapaz a minha frente a olhar para mim. Devo ter corado de alto abaixo, e tentei disfarçar tossindo... tarde demais mané, mas prontos... no meio de tosse fingida ouvi alguem a falar para mim...

- Estás a ouvir James Blunt? Adoro essa música.
 - Ahhh, Ah sim... estou a ouvir a Rfm.
 - A serio, consegues ouvir rádio.
- Sim, apanho do telemóvel.
- Que sorte, o meu ainda é do século passado.
(Pensamento meu: Que quer este agora gozar comigo?)
- A sou o Vasco e tu?
- AhHHHH.... ( reparei que estava a fazer um esforço tremendo para o ouvir porque ainda tinha os phones nos ouvidos) ( Cora mais um bocado enquanto tiro os phones dos ouvidos) - Desculpa, não te ouvia bem, que disses-te?
- Sou o Vasco e tu, tens nome?
- AH sou a Natália.
-Prazer - Passe bem - Prazer

_____________________________ Muitas Luzes, Muitas vozes ___________________________

Imagens que se desfazem na minha cabeça.

Parque da cidade com ums amigos da universidade, break para estudar, pois.
Telemóvel toca...
Olho...

Marina - Então atende!!!
Eu - Quê?
Marina - Estás ansiosa por atender, senão não estavas com esse sorriso parvo na cara a olhar o telemóvel tocar. Atende, pode ser importante ( piscar de olho)
Eu - Oh não é nada... ( vou-me afastando para atender longe das risadas e barulho das conversas)

Estou?
Olá, é o Vasco lembras-te de mim... trocamos de numero no metro...
Ah olá sei, sei quem és... ( não tivesse memorizado no telemóvel o numero em Vasco Metro)
Que bom... Gostava de saber se querias sair um dia destes...
Ohhh a sério, sim gostava...
Bom... disses-te que moravas perto da ribeira, combinamos lá então, assim não ficas muito longe de casa?
Sim, sim... oh, esta semana tou com exames, sexta dá?
Sim... 22h...
Pode ser no pulga? Conheçes? Normalmente saiu com os colegas para café, mas quando chegares ligas que vou ter ctg...
Está bem.
Até sexta então.
Até Sexta beijo.
Beijo.

______________________________Luz muito brilhante _____________________________


Meses passam como horas perdidas de memórias desfazadas...

- Tenho uma surpresa para ti.
- Mau, sempre que me fazes uma surpresa sai algo desagradável, ou é comida que nem consigo engolir, ou roupa que não sai aos meus gostos... Que fizes-te desta vez Natália.
- Hei... ao menos tento... bem... como sei que estás farto que andemos a namorar ou em casa dos meus pais, ou dos teus... e fazer-mos no carro, ou no motel... Tomei a liberdade de alugar uma casa.
- Tu fizes-te o que?!?!?! Tás doida, porque não me falas-te antes.
- Queria fazer uma surpresa, e já que consegui com que me contratassem a tempo certo, passo a ter um rendimento estável, e assim podemos ter uma casa nossa, bem alugada, mas só nossa.
- E o resto dos gastos, não pensas-te nisso... fogo, és sempre precipitada em tudo, não pensas pela tua cabeça.
- Vasco, não estás feliz dei-te duas boas noticias, nem sabias que eu já estava fixa no emprego.
- Natália... quanto tempo arrendas-te?!?!
- Um ano.
- O que?!?!?! porque tanto tempo?
- Não é normal, foi o que me disseram como casal aluga-se um ano.
- Tu a ouvires os outros, pá... sinceramente... vou ao café com ums amigos, depois falamos no assunto.
Chegando a casa dos meus pais.
- Ainda vais sair, já é tão tarde.
- É só um café, quando chegar a casa mando-te sms.
- Ok, mas não te esqueças.
- Ok, Ok
.......
Horas passam, nada de sms. Chega a manhã.

_______________________________Palavras bem longe _________________________________

- Vasco, onde arranjas-te essas sapatilhas.
- Comprei, porquê, não posso comprar nada.
- Foste buscar dinheiro aonde.
- Então parei de fumar, o dinheiro que gastava nos maços, gastei nas sapatilhas e ainda poupei.
- Foste buscar o dinheiro aonde?!?!?! Eu avisei-te que este mês estavamos apertados, nem para fazer compras fora do necessário dava. Raios ( virei-me para o pc e fui ver a conta.)
- Que agora não posso comprar uma coisa para mim, se me faz feliz compro.
- O que??? Também queria comprar muita coisa, mas temos contas a pagar primeiro.
- Nunca te impedi de comprar nada.
- Tu não entendes mesmo... temos o dinheiro contado ( enquanto olhava o extrato) - Lindo, lá se foi o dinheito para pagar a água.
- Oh falhas desta vez pagas no próximo mês.
- Vasco se já estamos sem dinheiro extra este mês, que te leva a pensar que vou ter mais dinheiro no próximo, vou é ficar com mais dividas em cima.
- Olha vou ao café... volto logo..
- E não convidas?!?!?!
- Para que, ias dizer que não.
- Como sabes...
- Até logo.
- Manda sms, e não demores.
21h
......

3h - NADA
 SMS - Vasco, atenção as horas tens de te levantar as 8 da manhã para trabalhar. amo-te


________________________ Muitas vozes--------- Silêncio ____________________________

Anos passam corridos.

Saiu do banho, toalha enrolada no corpo, cabelo caido pelos ombros.
Sigo em direção a sala, entro na sala, olho para ti no sofá....

- Que tal arrefeceres um pouco.
( Olhas para mim, voltas a olhar o pc)
Pego no pc, e coloco na mesa.
 - Hey, que fazes.
Calo-o com um beijo, sento-me no seu colo, e começo a beija-lo.
Sinto-o hesitante em tocar-me, mas pego nas mãos dele e faço-as precorrer meu corpo, e faço-o entregar-se a mim, tiro-lhe a roupa e faço-o sentir-me.
.........................................................................
Suspiros e calor humano, e no final de ambos estarmos satisfeito, beijo-te apaixonadamente, como sempre faço, lembrando-te que te amo sempre.
 - Vou-me vestir senão fico com frio, já venho para o mimo.
- Vou ao banho então.
- Voltas para o sofá e vemos uma serie com o cobertor no quentinho?
-  Não... é tarde vou para a cama.
- Então vou contigo.
( banho, pijama, cama)
Chego-me para perto dele e faço conchinha. Começo a mexer no cabelo dele. Ele mexesse, eu enrrosco-me de novo, ele mexesse, eu enrrosco-me.
- Natália, não consigo respirar contigo em cima de mim.
- Oh desculpa...
Desvio-me mas dou-lhe a mão, aperto com força, ele deixa a dele aberta.

________________________________ Vozes e choros____________________________________
 ________________________________ Silêncio__________________________________________
_________________________________ Uma Voz________________________________________


21 h
- Vou ter com o meu primo, ele disse que precisava falar comigo... devo voltar tarde.
- Está bem amor, mas manda sms para não ficar preocupada.
- Ok  ( porta)

21.30h
SMS - Olha a porta ( Vasco)
SMS - Não te enganas-te amor ( Natália)
SMS - Desculpa, não era para ti, era para um colega nos vir abrir a porta, que o rotweiller dele está no jardim. ( Vasco)
SMS - Estás com medo do cãozinho LOL ( Natália)
SMS - Não é um qualquer. ( Vasco)
SMS - Ok, ok, cuidado então, amo-te ( Natália)

22h
NADA
Vou para a cama.

23 h
NADA

00h
NADA

01h
NADa

02h
NADA

03h
NADA

04h
Acordo sobresaltada, olho para o lado, ninguem.
Levanto-me e vou até a sala ( adormeçeu no sofá pensei), ninguem.
No resto da casa ninguem.
Vou ao telemóvel, SMS nada.

SMS - Vasco são 4 da manhã tens trabalho amanhã amor... melhor vires descançar.
SMS - Já vou.

05 h
Sentada na cama a espera que ele venha.

05.30m
Porta abre-se.
Levanto-me e vou até ao corredor.

- São 5h30, como vais descançar.
- Que foi, demorei na conversa, nem vi o tempo passar.
- Tens de descançar Vasco é semana de trabalho.
- Já estou em casa, vamos dormir.
- Dormir... eu tenho é de me peparar para ir trabalhar, telefono-te as 8 para te acordar.
- Está bem.

________________________________Um voz, sinto-me calma____________________________

A dirigir-me para a porta da sala.
- Amor, comer está quase pronto.
Ele esconde o telemóvel de baixo do corpo.
- Está bem.
- Porque escondes-te o telemóvel?
- Esconder???? só estava a pousa-lo.
- Vasco escondeste-o debaixo de ti, deixa-me ver.
- Queres ver o que tá aqui ves.
( Ia a pegar no telemóvel, ele retira-mo da frente)
- Não é nada amor, é só o meu primo a combinar café.
- E é preciso esconde-lo...
- OHHH ta aqui ves :D...
- Vou acabar o jantar,. pões a mesa por favor.
-Ok
Na cozinha, comer pronto, ainda não veio buscar os pratos, nem talheres... Vou ter de ser a fazer tudo de novo. (suspiro)

__________________________A mesma voz, mas não reconheço_______________________


Abre a porta.
- Demoras-te hoje amor, o comer já está pronto.
- Já cheguei a algum tempo mas estava no carro.
- No carro? porque não subiste?
- Não me apetecia, não tinha vontade de entrar.
- Porque...
- Porque não tenho vontade de voltar para casa, esta sempre suja, tu estás sempre em cima de mim.
- Como suja e em cima de ti?
- Estás sempre a pedir mimos, e eu não tenho contade de te dar mimos, tu estás desleixada desde que te conheço, já não tens aquele corpo.
- O que? Estás a chamar-me de gorda?
- Não, mas estás desleixada, desmazelada.
- Desculpa... tu fazes alguma coisa cá em casa? Eu chego, arrumo, lavo roupa, ponho roupa a secar, passo roupa a ferro, e faço comer... tu que nem poens a mesa quando te peço... estas a dizer que eu não faço nada?
- E não fazes, esta casa está um nojo.
- O que? e tu limpares?
- A... se tu não tens gosto, não tenho de ser eu a limpar.
- O que? Estás a gozar, tu não ajudas em nada, chegas a casa, sentas-te no sofá, e as unicas palavras que saem da tua boca são - O que é o comer... - Pareçes um adolescente e não um Homem.
- Eu já trabalho muito, não vou chegar a casa e ainda estar a limpar a casa.
-Que? E eu não trabalho.
- Não é a mesma coisa, eu trabalho e esforço-me mais, tu não fazes quase nada no teu.
- O que? Trabalho é trabalho, cansa em tudo.
- Queres trocar?
- Troco.
- Oh até pareçe, não aguentavas nem um dia.
- E quem te diz que aguentavas no meu.
- Não interessa, eu chego cansado, quero a casa a brilhar.
- Estás doido. O que eu faço já é muito.
- Está um nojo Natália, ou não tens olhos na cara.
- Onde.
- Olha ali, no interruptor, e ali no respiro da casa de banho, e aqui nos cantos...
- É só isso...
- Não é muito mais, mas tu não vês isto, eu vejo, todos os dias.
- O pano de pó está ali... não custa.
- Se eu limpar a casa até vais ficar envergonhada.
- Estás a gozar, tu que deixas os iougurtes e leites achocolatados, pela casa, ando eu de manhã antes de ir para o emprego a apanha-los, lenços de papel por todo o lado, cascas de banana em cima da mesa, tijelas de cereais na mesa, já com o cereal seco, que até tenho de deixar em agua para amoleçer para puder lavar, e estás a dizer que eu sou porca!!!!!
- Então, tu é que tens de arrumar.
- Sabes o que é um balde do lixo, tens 3 em casa, alguma vez usas-te para por o teu lixo lá.
- Natália, tens de ter mais amor a casa.
- Eu é que tenho?????
( silêncio)
_____________________________ Quem és? Aquela voz _________________________________

Escuro
Pensamentos:

Como pude ser tão burra.
Como pode durar tanto tempo.
Fico assim tão cega quando amo alguem????
Como, como???
A quanto tempo?!?!?!?!
Quantas?!?!?!?!?
Serei alguem que não vale a pena lutar por?!?!?!
Que se desiste ao menor esforço?!?!?!
Que se apareçe algo, deixa-se quem tem?!?!?!?!
Quem sou eu?!!?!?!
Que sou eu?!?!?
Sou assim tão má?!?!?!!
Será que não mereço ser amada.


Pensamentos e escuridão.
Uma batalha interior que pareçe não acabar. Era tudo mentira?


 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Uma notícia, boa ou má?!?!?! Depende de quem a ouve.

Sei que olhei o relógio do carro, já tinha passado 15 minutos desde que tinha estacionado a porta de casa, e desligado o carro. A música continuava a dar, a chave ainda estava na ignição, mas eu ainda tentava acompanhar os meus pensamentos e sentimentos. Queria entrar e chegar perto dele, dizer amo-te ao ouvido, beija-lo intensamente e dar-lhe a noticia como se um susurro de paixão e futuro de trata-se. Mas estava nervosa, tinha tentado ligar-lhe mais uma vez, mas recebi o voice mail de novo. O dia tinha parecido tão curto e desde que soube que estava grávida parecia cada vez mais longo, como se o relógio demora-se a andar.
Respirei fundo, vesti o casaco, tirei a chave e sai. Fechei a porta e voltei a respirar fundo enquanto olhava a as janelas do prédio, tentava ver se havia alguma luz ligada, mas sabia que se ele estivesse na sala, que não veria a luz cá de fora. Começei a caminhar em direção a porta, ouvia e sentia o meu coração a bater cada vez mais de força de tal era o nervosismo em que estava... Repetia baixinho para mim mesma, vamos ter um filho, vamos ter um filho.
Apesar de vivermos nos segundo andar, e eu seguir sempre pelas escadas, hoje elas pareciam não ter fim.
Abri a porta devagar, reparei em algumas luzes acessas, enquanto colocava o casaco no cabide. Ele está em casa, pensei.
Segui devagar até a sala e começei a ouvir a voz dele a falar ao telefone, na porta da sala estanquei. Não por medo, não por nervosismo, mas pelo que tinha acabado de ouvir.
Do outro lado a porta, o meu namorado, o meu mais que tudo, a pessoa a quem ia contar que estava grávida, tinha acabado de se despedir de alguem, dizendo amo-te muito, mal saiba o que ela quer de mim saiu logo daqui, invento uma desculpa, estou cheio de saudades de tocar o teu corpo de novo.
Estava a porta da sala, a olhar o vazio, como se derrepente algo debaixo de mim se abrisse, como se um abismo me impedisse de dar mais um passo. Ele estava de costas para mim, a mandar beijos, e saudades e amo-tes a alguem que não era eu. A despedir-se com um és a minha maria e amo-te. E eu estava imóvel,  sem saber que pensar, que agir, que fazer... A ver tudo a desmoronar-se a minha frente.
Ele virou-se, e ficou a olhar-me de frente.
- Ah já chegas-te...
- ( silêncio)
- Então que querias falar comigo, vim directo do trabalho para cá, e chego e não estás em casa, nem atendes o telemóvel.
- Com quem estavas a falar?
- Ahhhh
- Estavas ao telefone com alguem, ouvi-te desligar quando entrei ( menti).
- Ahhh Era o meu primo, estava com um problema com a mulher e queria desabafar comigo, disse-lhe que depois do jantar iamos tomar café...
- O teu primo????
- Sim... que tem.
- Custumas chamar o teu primo por minha maria...
- Ohhh isso era na brinca, ele diz isso a mulher, eu gozo com ele...
- E que estás desejoso de estar com ele e tocar nele?!?!?!
- Que estás a querer dizer?
- Estavas a combinar com outra mulher, sair e estar com ela????
- Não, já te disse que era o meu primo.
- Pára Vasco..... eu não entrei quando desligas-te, eu entrei ainda ias a meio da conversa, eu tenho estado atrás de ti a ouvir a conversa.... ( lágrimas escorriam pela face)
- ( silêncio) Não tens razão de desconfiar de mim.
- O que????? Acabei de te dizer que ouvi a conversa toda.
- Para de ser desconfiada, não é nada, só me ouviste na brincadeira.
- Isso é brincar para ti.... Para de mentir.
- (silêncio)
- Como... como me pudeste fazer isto, eu dou-te tudo, eu amo-te com todo o meu ser e o meu coração ( voz arrastada do choro). Como.... Prometes-te que nunca olharias para outra mulher enquanto estivessemos juntos, que eu seria unica, que se alguma vez estivesses interessado em alguem falarias comigo e dirias porque... eram mentiras??? onde esta a tua sinceridade????
- Estás a exagerar, não é nada demais...
- NÂO é NADA deeeemmmaaaaiiisss.... Todo que me prometes-te, acabou de se tornar mentira... a primeira que encontras e vais logo com ela...
- Não fales assim.... e para de chorar...
- Não falo o que???? as verdades??? porque já que só mentes alguem tem de falar as verdades...
- Não consigo falar contigo assim vou sair...
- O que, já vais ter com ela????
- Cala-te Natália, senão não respondo por mim.
- O que, vais-me bater...
- Vou andar...
Vejo as costas dele a pegar na chave casaco, e sair porta fora, sem um volto logo, sem uma emoção sequer.
Em todo, ele manteve-se firme, sem expressão, só no final mostrou-se irritado com as acusações, como se eu andasse numa caça as bruxas...
A porta bate, e as minhas pernas cedem, de costas contra uma parede, choro, choro sem conseguir parar.
Na minha cabeça so se ouve, Porque??? Porque??? que fiz eu??? As lágrimas correm sem cessar.
Começam os soluços com o choro, o deambular de palavras ela boca, a tentar achar o que eu tinha feito de mal, porque me traiu, porque me traiu... Tento acordar, batendo com a parte de trás da cabeça na parede. E só ouvi, porque? porque? porque? que fiz eu? Tento acalmar o choro, mas tornasse impossivel, algo tinha rasgado dentro de mim, e o que de lá saia era água e palavras que não paravam nunca...
Com os soluços começo a sentir os vómitos, o nervosismo começou a fazer-me querer vomitar, e levantando-me corro para a casa de banho, e como se de uma bebedeira se trata-se dobro-me e começo a vomitar, nada e tudo ao mesmo tempo, um misto de lágrimas, palavras, pensamentos, ranho, e vómito. Tudo me enojava, tudo era mentira, TUDO, TUDO, TUDO.
Não consegia estar mais ali.... precisava de acalmar... a custo ergui-me, e começei a limpar a cara, tentando não puxar o vómito. Precisava sair dali.... precisava de me acalmar.
Sai do quarto de banho e segui em direçao ao corredor, as chaves do carro estavam em cima da mesinha da entrada, peguei nelas e sem apagar luzes, sai porta fora... preciso de ir onde me acalmasse... o mar... o mar sempre me acalmou.
Desci as escadas, evitei a todo o custo que alguem me visse, e entrei no carro.
Raios, esqueci-me do telemóvel.
Olhei a janela do apartamento, e não conseguia voltar lá... o pensamento surgiu logo, quem me iria ligar...
Dei a volta a chave na ignição e arranquei.
Pus musica e tentei não pensar no assunto, mas as lagrimas continuavam a correr pela face, sem parar, toldavam-me a visão as vezes que se aglomeravam nas pestanas sempre que tentava olhar a estrada.
Começou a dar a nossa canção, e eu raios, agora não, e enquanto trocava de musica, distrai-me um instante.... e.....

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Será um começo, um recomeço ou um final....

O dia tinha começado normal, estava de folga e tinha consulta de rotina no médico no centro de sáude. Mando-te a minha mensagem habitual do quanto te amo, e que vou entrar no centro de saúde dai colocar o telemóvel em silêncio. Consulta marcada, bastou dirigir-me ao balcão, esperar que verificassem a minha hora e presença e sentar na sala de espera até ouvir o meu nome. (Bip) Natália Ferreira, consultório 5 (Bip)... levanteime e dirigime ao consultório 5. Como sempre bati, apesar da porta estar semi aberta, e a Doutora Ana Sofia Carvalho cumprimentou-me com o seu habitual sorriso. Seguiram-se as observações de rotina, peso, em pouco mais baixo, onde aproveitei para referir que não andava com muito apetite, tensão, um pouco baixa também mas nada alarmante, e a habitual conversa sobre os meus hábitos. Por percaução sobre a minha falta de apetite, fiquei de retirar sangue para um exame... Primeira coisa que fiz mal sai do consultório, já que tinha tempo, tirar sangue. Resto do dia o habitual, chegar a casa, tratar da casa, tinha tirado o dia devido a consulta, dai que aproveitei para dar a geral a casa e tratar de mim... Almoçei algo normal  visto que para a noite, estava a planear algo de bom, para o meu namorado... Tratar do jantar, mesa posta... vestido provocante em ordem, cheirosa do banho, cabelo bem seco, tudo ao máximo... Jantar na mesa, e nada, ninguem... Mando mensagem dizendo que o jantar já estava pronto, se podia esperar por ele... NADA... Os minutos passam as horas passam, perto das 23 horas, ouço a chave na porta. Entra, tira o casaco, entra na sala, e olha para mim.
  - Ainda acordada?
- Estava a tua espera para jantar. Não viste a mensagem?
 - Oh fiquei sem bateria.
- Tens carregador no carro.
 - Não deu para por no carro a carregar, trabalho acabou tarde.
 - Podias ter mandado mensagem a vinda ou ligado a pedir desculpa.
- Nem me lembrei desculpa.
 - Queres jantar?
- Não já comi. Vou tomar banho e ir para a cama.
- Está bem, vou arrumar a mesa e já vou ter contigo.
Sai da sala, e dirige-se ao quarto enquanto me levanto e arrumo a mesa com o pensamento que ele nem reparou que eu nem tinha comido também, que estava vestida para ele, talvez fosse do cansaço, justificava eu.
Arrumei tudo e quando cheguei ao quarto já dormia na cama.
Troquei de roupa, cheguei perto dele, dei-lhe um beijo de boa noite, e deitei-me amarradinha a ele.
No dia seguinte acordei e ele já tinha ido... estava na hora de me preparar para o emprego. Cheguei a cozinha, e olhei a mesa... esqueçeu-se de ir comprar o pão do pequeno almoço reparei.
Sai a fui comprar pão, tomei pequeno almoço e rumei para o emprego, antes de entrar mandei mensagem de Bom dia, amo-te muito... como sempre fazia, para ele saber que era o meu primeiro pensamento do dia.
Na hora a pausa... verifiquei o telemóvel e tinha chamada da médica... tinha pedido no centro de exames que enviassem o resultado para o email da médica, indicando o meu nome. Será que havia algum problema... telefonei, e a médica pediu para passar por lá logo a seguir ao emprego, que precisavamos ver os exames. Fiquei logo de alerta... e mal acabaram as minhas horas de trabalho, rumei directamente ao Centro de Sáude. Mandei mensagem a avisar que talvez chegasse mais tarde que ainda iria passar no Centro de Sáude.
Entrei e falei da recepção sobre o que se passava... disseram que esperasse que iriam avisar a doutora e ela chamava quando tivesse tempo para puder falar comigo.
Foram mais de 30 minutos... e cada vez a ansiosidade aumentava, teria algum problema.
Lá ouvi o meu nome e demorei um bocado a assimilar se era mesmo a mim que chamavam... mas quando repetiu, levantei-me logo e segui para o consultório.
Entrei e a Doutora Ana Sofia Carvalho, disse- Boa Tarde- com um sorriso. Achei estranho, se era para dar noticias porque o sorriso?!?!?! Não eram más?!?!?!  Disse que tinha algo para me dizer, que seria melhor eu sentar-me. Sentei a olhar sempre para ela, queria perceber o que se tratava.
- Então menina Natália... ao que pareçe vai ter mais uma companhia consigo.
- Como... mas que se passa, disse que tinha algo para me contar, é sobre os exames, é algo mau.
- Não senhora, até é muito bom... a menina está grávida, e já entre 10 a 13 semanas, dai a sua fatiga, não tem cuidado bem de si, e não tem recebido os nutrientes necessários. Mas já vamos tratar disso, vou-lhe receitar já aqui tudo que é necessário.
- Como???? Estou grávida???? de quanto?
- Está grávida entre 10 a 13 semanas, só um exame ginecologico deverá determinar mais exactamente.

Demorei a assimilar a possibilidade... um filho, do meu namorado... sabia que ele iria ficar feliz, sempre gostou de crianças... mas teriamos capacidades.

 - Vou-lhe receitar os suplementes necessários de modo a recuperar o tempo perdido... suponho que queira contar ao pai da criança, e depois decidirem como fazer. No entanto até lá, tem de cuidar dessa fadiga que tem sentido, pode levar a anemia se não se cuidar.
- Sim... entendo...
- Vou também marcar um exame ginecológico, de modo a determinar o seu tempo, e então puder ver o que quer fazer.

Sei que ouvi a impressora, foram-me passados uns papeis para a mão, e sai do consultório dizendo adeus a médica... apesar de tudo me pareçer parte de um sonho.
Entrei no carro respirei fundo... e na minha cabeça só se ouvia num ruido de fundo... bebé... filho... bebé... filho...
Peguei no telemóvel e liguei para o Vasco... Directo para voice mail... deixei mensagem a dizer que precisava falar com ele, esperava que ele estivesse em casa.
Dirigi o mais calmamente possivel, visto que o meu estado não era dos melhores... na minha cabeça começava a soar outras palavras, casamento, casa, união... familia... e a minha alegria voltava... já namoravamos a 2 anos, e eu sabia que queria estar com ele.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A vida e o sonho...

Sou uma pessoa normal que vive a vida e passa por momentos menos agradáveis dela, no entanto continuo a sonhar, e apesar dos trambolhões que a vida me tem dado em muitos aspectos, decidi que talvez mostrando os meus sonhos eles se tornem realidade.... E assim e com a ajuda e incentivo de uns amigos em verbalizar ou escrever neste caso, o que quero, decidi fazer uma romance... afinal todos dizem que eu vivo num mundo cor de rosa... então vamos mostrar o meu mundo ao MUNDO... Se alguem vem ler... duvido muito... mas também, é o meu mundo... entras se quiseres, ficas se quiseres... ninguem que impede de sair a qualquer momento.

Bem Vindo ao meu Mundo Cor-de-Rosa...
Raquel Santos ( pseudónimo Patricia Costa)