sábado, 9 de novembro de 2013

Ponto de Encontro - Onde tu começa... ou será Recomeça?

Natália anda, vamos chegar atrasadas a piscina. Anda anda.
Natália - Sabem supostamente sou eu a adulta no meio de duas crianças, deveriam ser eu a dizer isso.
Gémeas - Vamos chegar atrasadas.
Natália - Ja estamos a sair. ( Vestindo o casaco e pegando nas chaves ao mesmo tempo)

Ainda não me habituei ao novo ritmo, emprego e levar as gemêas a piscina as segundas e quartas. Elas tem tanta energia que me arrastam sempre com elas... Não sei como a minha irmã aguenta.

Gemêas - Ja chegamos?
Natália - Estamos quase.
Após estacionar e tentar impedir uma meninas de 8 anos stressadas por chegar a piscina mais cedo, lá entramos no balneário. Nunca as vi vestirem-se tão depressa.

Gemêas - Já vamos.
Natália - Esperem por mim.
Gemêas - Anda lá. queremos ver quem já chegou.
Natália - Deixem-me pegar no livro, eu fico 1 hora a vossa espera.
E lá foram elas...
Bem desço as escadas até a piscina, verifico se elas estão num sitio protegidos, a falar com as colegas, e espero a professora chegar.
Silvia - Por aqui de novo :D
Natália  - Sim, parece que passei a ser a motorista oficial das gemêas.
Silvia - É bom saber que já está recuperada a 100%, tem de voltar as aulas um dia destes.
Natália - Pois, quando arranjar tempo.
Silvia - Bem hora de ir dar a aula.
Natália - Boa sorte, elas hoje estão com a energia toda.

Dirigi-me para as bancadas onde os pais costumam assistir as aulas. As pequenas já andavam aos saltos atrás da professora, dirigindo-se para o chuveiro de modo a irem para a piscina..
Sentei-me e coloquei o livro no colo, preparada para me embrenhar naquela historia por mais uma hora.

(Passado um tempo)
Estava em na minha leitura, quando ouvi algo. Alguém falava com outra pessoa, na lateral da bancada, e o que me atraiu a essa conversa, que sinceramente não ouvia palavra só murmúros, mas o som de um desses múmurios, parecia-me familiar, como se eu conheçesse.
Tentei ouvir com mais clareza, Mas sempre que esse alguem falava, a minha pele arrepiava, mas de um modo que me fazia sentir bem, não sabia explicar.
Depois deixei de ouvir, ainda estiquei a cabeça a ver quem seria, mas já não vi ninguem a não ser a Professora Júlia que chegava para a aula dos mais pequenos.
Fiquei pensativa, de onde me parecia tão familiar aquela voz. Alem de que era uma voz que acho atrairia qualquer mulher, quente, máscula, mas suave. Sinceramente acho que só aquela voz me levava aos céus.

Tia Natália, ja acabamos...
Acordei para a realidade, fechei o livro e não voltei a pensar no assunto, pelo menos não até ao café.






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