sábado, 26 de outubro de 2013

Do outro lado da historia - Visitas rotineiras

Gonçalo - Olá, mais um dia e estou aqui para te ver. O doutor Rui disse que estás a melhorar. Um passo de cada vez, apesar de ainda não teres acordado, os exames tem sido bastante melhores.
Doutor Rui - Senhor Gonçalo, não se esqueça que nãotem muito tempo, estuo do lado de fora da porta.
Gonçalo - Obrigado
Porta Fecha
Gonçalo - Não sei porque de tudo isto aconteçer, mas desde aquele momento que não me sais da cabeça. E cada vez mais me sinto esperançado em puder falar contigo, apesar de achar que te vai pareçer muito estranho acordares com um desconhecido a falar contigo, em um quarto de hospital.
Não posso, vir todos os dias porque além do trabalho, também faço um extra do qual gosto muito. Mas espero um dia conseguir falar-te sobre isso.
Tornou-se uma rotina vir ver-te todas as quartas feiras. O doutor Rui disse que era o melhor dia, visto que a tua familia custuma vri mais tarde nesse dia, e de modo a não prejudicar o hospital não posso ser visto no quarto de uma doente da qual não sou familiar.
Bem o meu dia foi normal, tie uma reunião hoje, começou logo cedinho sobre aquele projecto que te tinha falado antes, foi completamente diferente do que já tinha feito, um shopping com tamanha repercussão etnica não é facil de organizar e fazer, existem muitos lados a verificar.
Acho que correu bem, pelo menos sairam da sala de reuniões bastante impressionados. Também tenho um colega bastante fiável.
Ah - trouxe um livro que achei que ias gostei, lembrei-me que tinhas um livro no carro. Nem sei como me lembro destas coisas, no meio daquela confusão como consegui reparar em algo. Espero que gostes do que te vou ler.
( Começa a ler.)
( 30 m depois)
Porta Abre
Doutor Rui - Senhor Gonçalo está na hora.
Gonçalo parando de ler - Já está, mal li o livro que trouxe. Acha que posso deixar aqui.
Doutor Rui - Sabe que não pode deixar nada aqui, nem trazer presentes, como explicaria a familia.
Gonçalo - Não pode dizer que fui um amigo.
Doutor Rui - O estado dela apesar de melhor ainda é muito reservado, ninguem execeto familia pode ve-la.
Gonçalo  dirigindo-se para a porta - Entendo.
( Sinal muito forte)
Doutor Rui - Saia da frente depressa e espere ai fora, náo entre. ( chamando alto) ENFERMEIRA SALA 125 - OUTRO ATAQUE
( Pessoas a correr para a porta)
Gonçalo no corredor atordoado - ( Outro ataque - pensa)
Espreitando pela porta aberta....
Doutor Rui  - Rápido temos de estabiliza-la senão pode traumatizar mais o corpo.
( Passsado uma eternidade.....)
( Pessoas a sair do quarto de hospital)
Gonçalo - dirigindo-se ao Doutor Rui - Que se passou? Pensei que ela estáva estável.
Doutor Rui - Lamento que tenha visto isto. Quando voçe faz as visitas ela não custuma ter os ataques. Não sabemos que se passa, sabemos que existe uma forte reação cerebral a algo, tipo sonho, e que o corpo reage tendo um ataque. É uma das razões pela qual está a ser tão dificil o corpo recuperar, isso e fora o aborto.
Gonçalo - (incredulo) - Aborto? Ela estava grávida?
Doutor Rui - Voçe não devia ter ouvido isso, é informação que só foi dada a familia. E mesmo eles ficaram chocados com a noticia, ninguem sabia ao que pareçe. Não era de muito tempo, mas no acidente o corpo dela sofreu tantos danos internos que não aguentou o trauma e foi efectuado um aborto devido ao embrião ter infecionado, por um aborto espontaneo que não correu bem, no meio de tantos problemas já exstentes. Devido a stress que o corpo estava a sofrer, mais os danos, o aborto so veio a causar ainda mais preocupações, ouve dias que devido ao ataques pensamos que o corpo e o coração fosse ceder.
Gonçalo - Nunca pensei ser tão grave.
Doutor Rui - Tentei minimizar o seu tempo com ela, não só devido a familia mas tambem devido aos ataques.
Gonçalo - Será melhor não voltara  ve-la então, se posso despoletar um ataque.
Douto Rui - Pelo contrario, é a primeira vez que vemos um ataque nos seus dias de vista. Reparamos que quando visita ela pareçe ficar mais calma, e por consequencia, sem ataques. Existe algo que a aflige atlvez, e a sua vinda tem minimizado essa aflição. Claro que não fazemos a minima ideia do que se passa no cerebro dela, mas ela pareçe reagir bem a sua presença.
Gonçalo - A sério? Posso então despedir-me
Doutor Rui - ( Pensando) Seja rápido do genero entrar e sair.
Gonçalo entrando no quarto - Desculpa, não sabia. Volto na próxima semana sem falta.
Doutor Rui - Senhor Gonçalo, Tudo que lhe falei, não é para ser discutido com ninguem.
Gonçalo dirigindo-se a porta - Entendo Doutor Rui.



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